O caminho para casa - Kristin Hannah

Durante 18 anos, Jude pôs as necessidades dos filhos em primeiro lugar, e o resultado disso é que seus gêmeos, Mia e Zach, são adolescentes felizes. Quando Lexi começa a estudar no mesmo colégio que eles, ninguém em Pine Island é mais receptivo que Jude. Lexi, uma menina com um passado de sofrimento, criada em lares adotivos temporários, rapidamente se torna a melhor amiga de Mia. E, quando Zach se apaixona por ela, os três se tornam companheiros inseparáveis.
Jude sempre fez o possível para que os filhos não se metessem em encrenca, mas o último ano do ensino médio, com suas festas e descobertas, é uma verdadeira provação. Toda vez que Mia e Zach saem de casa, ela não consegue deixar de se preocupar.

Em uma noite de verão, seus piores pesadelos se concretizam.
Então a vida dá uma guinada, levando os personagens a viver sentimentos intensos – amor e ódio, culpa e perdão – que qualquer um de nós poderia experimentar. Uma decisão muda seus destinos, e cada um deles terá que enfrentar as consequências – e encontrar um jeito de esquecer ou a coragem para perdoar.

O bom de ter uma sinopse grande feito essa é que prevejo uma resenha relativamente curta. É difícil se aprofundar nas minhas percepções sobre O caminho para casa sem soltar spoilers, já que essa guinada citada é justamente o cerne do livro. 

Apesar de alguns clichês terem me incomodado, a história contada é linda. Kristin Hannah teve uma sensibilidade notável ao construir personagens bastante humanos - uns mais do que outros - que, ao passarem por situações sofríveis, têm ações e reações capazes de nos fazerem refletir frequentemente: "e se fosse comigo? Será que seria diferente?". Lexi, ainda que tenha crescido sem saber o que é família, segurança e carinho, é uma menina gentil e incrivelmente honesta. Mia e Zach, os gêmeos de classe alta, sempre tiveram tudo na vida - principalmente pais amorosos, sempre prontos para protegê-los. Mas foi de Jude, a personagem mais complexa do livro - a meu ver -, que eu mais gostei; ela foi capaz de despertar em mim os mais diversos sentimentos ao longo da história: identificação, compaixão, raiva, pena, admiração. Kristin Hannah conseguiu fazer com que eu pudesse me colocar no lugar dela a cada página: para uma mãe superprotetora que fez da vida dos filhos sua própria vida, ver seu caminho ser interrompido irreversivelmente é extremamente perturbador. 

Em suma: O caminho para casa é uma história de amor, culpa, perdão, escolhas; sobre mulheres fortes e, principalmente, sobre o laço entre mães e filhos. 

Vale a pena a leitura.  

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