Carol - Patrícia Highsmith

Therese Belivet vê Carol Aird pela primeira vez em uma loja de departamentos de Nova York, onde trabalha como vendedora. Carol está escolhendo um presente de Natal para a filha e resplandece numa aura de perfeita elegância. Observando-a do balcão, Therese está inteiramente despreparada para o choque de uma epifania erótica e para um amor que será imediatamente condenado por todos. Pois a vida de dona de casa suburbana de Carol é tão imbecilizante quanto o emprego de Therese, e ambas partem para uma jornada sem volta.

Carol. Honestamente nem me sinto digna de fazer resenha para esse livro, já sei que não vou conseguir exprimir em palavras aqui tudo que essa obra me passou durante a leitura. Me fez voar, me atirou pelas paredes e no fim, me deixou no chão. Vou ser imparcial e não achar defeito nenhum, já vou logo avisando. Só tenho vontade de gritar pra todo mundo "ai, meu Deus! Leia! Leia! Leia!" enquanto choro feito louca. 

A verdade é que esse livro me arrebatou e me deixou sem ar a maior parte do tempo e eu simplesmente amo com esse tipo de coisas acontece. E isso acaba me deixando um pouco sem palavras, mas vamos tentar.

Primeiro, me falaram para ver o filme (ahan, tem livro e filme), e fui uma decepção para as amigas quando me perguntaram “E ai, amou?” e eu respondi “Achei bom”. Verdade, o filme não me passou quase nada. Cheguei a conclusão que sou péssima na arte de interpretar películas. Enquanto as pessoas se derretiam de amores, eu olhava tudo e não via nada demais ali. 

Então resolvi ler o livro. E aí que o mundo parou. A história é tão natural e envolvente que foi impossível não se emocionar. A narrativa não nos entrega somente os fatos, também expressa os sentimentos e as emoções da personagem. É como um poema; lírico, bonito, bem escrito e cativante. É o tipo de obra que passamos a vida torcendo para encontrar. O difícil depois é se contentar com menos do que isso. 

Quanto ao relacionamento, é a parte que é retratada com naturalidade, o que se tratando do tema é tão raro de encontrar. Nos faz refletir sobre como um amor é simplesmente um amor e dá até vergonha de ter preconceito.

Um fato curioso é que, foi com lágrimas nos olhos que fui comentar com uma amiga (que acha melhor o filme) que tinha sentido tanta emoção uma cena, que não conseguia nem explicar. E vejam só que coincidência: ela sentiu o mesmo, sobre a mesma cena, só que no filme. Ou seja, cada um no seu quadrado, né? Cheguei a conclusão de que meu negócio é literatura mesmo.


2 comentários:

  1. "E vejam só que coincidência: ela sentiu o mesmo, sobre a mesma cena, só que no filme." EUZINHA, hahahahaha
    Meu coração derreteu completamente ali, e olha que sequer lembro dessa cena no livro!

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    1. Pois é. Eu não quis sair apontando o dedo, mas vá lá, dona manuca. kkkk

      Chegamos a uma conclusão interessante neste caso.

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